quarta-feira, 28 de maio de 2008

O valor da determinação

A diferença entre as pessoas comuns e as bem sucedidas é que as pessoas que têm sucesso não ficam perdendo tempo discutindo suas limitações. Elas as transcendem. Recebem sua cota justa de obstáculos e continuam em frente apesar disso. Às vezes ficam machucadas e até feridas emocionalmente, mas se levantam e recomeçam.

O poder de realizar os próprios sonhos. A força de tornar real o objetivo. Algumas pessoas parecem ser predestinadas a marcar sua passagem por este planeta. Não pense que elas são beneficiadas pelo destino, ou escolhidas por uma "conspiração astral". Elas apenas ousam realizar. Você também pode ser assim. Quantos sonhos você deixou de realizar por não se sentir capaz? Como pode saber se é ou não capaz, se não tentar?

Gente bem-sucedida não nasceu predestinada. Apenas ousou lutar por seus ideais. O caminho de quem tem sucesso não é ou não foi fácil. Por vezes, os obstáculos foram tantos que a vontade de desistir foi maior, vencendo muitos que almejavam destaque. Mas, para muitos, a realização foi plena e eles marcaram sua existência.

Quando você achar que é difícil prosseguir, deve lembrar-se dessa história.

Numa noite de outubro de 1968, um grupo de obstinados torcedores permaneceu no estádio Olímpico da Cidade do México para ver os últimos colocados da Maratona. Mais de uma hora antes, Mamo Wolde, da Etiópia, havia cruzado a linha de chegada debaixo de saudações exuberantes de todos os presentes.

Mas, enquanto a multidão esperava pelos demais colocados, anoitecia e começava a esfriar. Parecia que os últimos corredores já haviam chegado ao estádio. Assim, os espectadores começaram a ir embora. Foi exatamente nesse momento que todos começaram a ouvir as sirenes dos carros que acompanhavam a prova e que chegavam aos portões do estádio naquele instante.

Todos pararam para observar e viram o último corredor entrar no estádio e fazer a volta final, completando os mais de quarenta quilômetros da prova. O corredor era John Stephen Akhwari, da Tanzânia. Quando ele estava passando pela pista de atletismo, os espectadores puderam ver que sua perna estava enfaixada e sangrando. Ele havia caído e se machucado durante a prova, mas isso não o impediu de continuar. As pessoas no estádio se levantaram e o aplaudiram até ele cruzar a linha de chegada.

O respeitado produtor de documentários, Bud Greenspan, observava à distância. Depois, intrigado, Bud chegou-se a Akhwari e perguntou porque ele tinha feito tamanho esforço para chegar ao final da corrida. O jovem da Tanzânia respondeu em voz baixa: "meu país não me enviou a noventa mil milhas de distância para começar a corrida. Eles me enviaram para terminá-la".

Não se abata com as dificuldades ou com o agouro de quem o desanima. Não escute aqueles que martelam ao seu ouvido que você não é capaz. Lute por seus sonhos determinadamente.

Determinação foi o que John F. Kennedy personificou em 1961 quando disse que poria um homem na Lua antes do final daquela década.

Determinação foi a força que levou Walt Disney perseverar em construir seu sonho, apesar de ter que declarar falência cinco vezes.

É de exemplos como esses que você pode tirar inspiração nos momentos em que acha que está prestes a desistir, abater-se ou abandonar seu sonho.

Eu sei que preciso usar a determinação dos outros como inspiração quando sinto que o vértice da gravidade me puxa para baixo e as coisas parecem difíceis demais. Lembro-me que outras pessoas já fizeram isso e eu também posso fazer. Só preciso de determinação para continuar em frente.

Fonte: Daniel C. Luz

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Os benefícios da dança de salão

Quem está cansado da rotina das academias encontra uma boa alternativa nas aulas de dança de salão.
Zouk, tango e outras modalidades já viraram mania em vários lugares. É uma excelente atividade física! Você pode queimar 700 calorias em uma hora.

As pessoas que têm o hábito de dançar em salões apresentam uma mudança significativa de comportamento: menos timidez, mais confiança, mais vontade de encontrar os amigos e de sair para as baladas.

O equilíbrio emocional, tão importante para emagrecer e manter o peso desejado é mais facilmente alcançado e se torna um fator decisivo para conquistar um corpo mais saudável.

Dançar aumenta a freqüência cardíaca, estimula a circulação do sangue, melhora a capacidade respiratória e queima muitas calorias.

A dança de salão é essencialmente uma atividade social e provoca uma sensação de bem-estar psicológico. Permite a troca de experiências, estimula o diálogo e aumenta a motivação.

Homens e mulheres procuram a dança por motivos diferentes. Elas vão em busca de uma atividade prazerosa que possa aliviar as tensões.
Eles geralmente vão arrastados pelas esposas e namoradas.
Os solteiros freqüentam os cursos de dança para conhecer pessoas ou para perder a timidez.

Existe o preconceito de que dança de salão é “coisa de velho” e de que alguns ritmos, tais como o bolero, é “coisa careta”.
Ao freqüentar os salões de dança, esse conceito muda rapidamente e todos acabam adorando dançar.

Para aproveitar todos os benefícios dessa atividade e arriscar os primeiros passos, o ideal é freqüentar um curso de dança de salão.
Mesmo que no começo pareça difícil sincronizar os passos com os do parceiro, com mais ou menos três meses de aula até os mais desajeitados já “fazem bonito”.

A dança de salão está na moda e pode ser uma boa alternativa para queimar muitas calorias. Além disso, é possível conhecer um monte de gente e divertir-se para valer.
Experimente, não há contra-indicação.

Por Flávia Leão FernandesPsicóloga - CRP 06/68043

Vamos dançar?

Como é gostoso dançar!
Pois é, muitas pessoas têm vontade de dançar e não o fazem por afirmar que não sabem dançar.
Mas dançar pode proporcionar muitos benefícios para a sua saúde.
Depois de muito tempo fora de moda, já que durante um bom período a moda era dançar sozinha(o) (principalmente na época das discotecas), volta a crescer a procura pelas aulas de dança de salão.

No Brasil, a dança de salão foi introduzida em 1914, quando a suíça Louise Poças Leitão, fugindo da I Guerra Mundial, aportou em São Paulo.
Ensinando valsa, mazurca e outros ritmos tradicionais para a sociedade paulista, Madame Poças Leitão não imaginava que iria criar uma tradição tão forte, seguida por discípulos que continuariam a divulgar a dança de salão.

Veja abaixo alguns benefícios da dança em geral:

Desenvoltura e desinibição ao praticante;

Melhora a coordenação motora, ritmo, memória, flexibilidade, equilíbrio, concentração, resistência, força muscular, postura e a consciência corporal;

Combate o estresse;

Aumenta a auto-estima;

Melhora as funções vitais do organismo, como digestão, respiração e circulação;

Gera bem estar;

Melhora muito o condicionamento cardiorrespiratório;

Aumenta a sociabilização;

Trabalha o corpo todo, deixando-o saudável e bonito;

Alto gasto calórico;

Sabemos que o gasto calórico varia de pessoa para pessoa, dependendo do metabolismo de cada um, do peso corporal, do tempo e intensidade da atividade entre outros fatores, mas em geral uma pessoa de 60 kg pode gastar em média 750 calorias dançando por 1 hora.

Na dança de salão, claro que num ritmo mais intenso você poderá gastar mais calorias do que num ritmo mais lento. Tudo depende da intensidade da dança.

Fonte: Vila Equilíbrio

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Etiqueta na dança de salão - IV

Postura adequada do casal na dança

- O cavalheiro deve deixar a sua face direita voltada para a face direita da dama;

- Exceto em algumas variações em que o casal tem a sua lateral como referência os dois devem olhar para frente;

- O espaço individual de dança deve ser dividido pela mão esquerda do cavalheiro e a mão direita da dama; estas devem estar dispostas exatamente no centro do espaço que separa um corpo e outro, não devendo nem um nem outro invadir o espaço de dança do parceiro. As mãos devem estar na altura média dos ombros do casal e devem estar seguras de palmas.

- Os cotovelos devem estar dispostos formando um ângulo de 45 graus em relação ao corpo.

- A mão direita do cavalheiro deve estar com os dedos abertos e repousar na altura média das costas da dama, lembrando que esta deve ter resistência para melhor conduzir a dama e dependendo do ritmo aumentará ou diminuirá a distância entre o casal; a mão esquerda da dama deve repousar sobre o ombro do cavalheiro;

- Na maioria dos ritmos, o pé direito do cavalheiro deve estar entre os pés da dama.


Algumas dicas:

- Adentrem a pista de dança sempre no sentido em que os outros dançarinos estão dançando ( geralmente isto acontece no sentido anti-horário );

- Respeitem quem já está na pista e ocupem um espaço disponível na mesma;

- Tentem, ao adentrar a pista de dança, se adaptar ao ritmo da música e a partir daí, começar a dançar; a dama deve deixar que o cavalheiro inicie os movimentos e acompanhá-lo;

- Não repousem o corpo sobre o parceiro;

- Não mexam excessivamente os ombros ;

- Durante a dança, não executem movimentos em que as pernas se abram excessivamente;

- Não deixem os braços muito abaixados nem acima dos ombros;

- Alguns ritmos exigem uma ginga maior, no entanto os movimentos com um requebrado mais acentuado, na maioria das vezes, devem ser executados pela dama;

- Não dancem com as mãos, esquerda ( o cavalheiro ) e direita (a dama) abertas, nem com os dedos entrelaçados;

- Não olhem para os pés enquanto estiverem dançando.

Fonte: Rinaldo Donizete de Freitas

Etiqueta na dança de salão - III

O bom dançarino

Além da variedade de ritmos que dança, da quantidade de passos que executa e da técnica que desenvolveu, o bom dançarino deve estar atento a certos procedimentos básicos durante um Baile de Dança de Salão.

São regras que foram estabelecidas com o objetivo de facilitar a dança e a evolução dos casais criando uma atmosfera agradável, prazerosa e de boa convivência.

Dançar circundando o salão no sentido anti-horário viabiliza um melhor aproveitamento do espaço. Desta forma, todos podem progredir independente do seu nível de conhecimento. Para aqueles que apresentam dificuldades de se deslocar, o centro do salão é a melhor opção.

Entre na pista com cuidado. Respeite quem já está dançando e procure não esbarrar nem interromper a evolução de outros pares. O mesmo cuidado é importante quando for necessário atravessar o salão, o que, aliás, deve ser tão evitado quanto permanecer parado no área onde se dança.

Quando o salão está cheio, os dançarinos devem ocupar o mínimo de espaço possível. Passos acrobáticos podem interferir na dança de outros casais. O mesmo ocorre quando, em determinados ritmos, se dança de forma espalhada.

O principal motivo para se dançar num baile é o prazer. Tanto o cavalheiro quanto a dama devem ser cordiais um com o outro. O cavalheiro deve ter um cuidado especial com sua dama, sendo atencioso na forma de convidá-la para dançar e no modo como inicia sua dança.

Antes de sair executando passos elaborados, ele deve procurar perceber se sua parceira tem condições de lhe acompanhar e se o local e momento são adequados. Atenção para não colocar a dama em situações de risco nem de constrangimento.

Ao término da dança, deve procurar acompanhar sua parceira até onde ela estava no início da mesma ou pelo menos para fora da área onde outras pessoas estão dançando.
Se for necessário interromper a dança, procurar encontrar uma forma delicada de fazê-lo, de preferência ao final de uma música.

Outros fatores importantes a serem levados em conta quando se vai a um baile, são a forma de apresentação e o asseio.

Os sapatos e as roupas devem ser bem escolhidos, atentando principalmente para o conforto e a mobilidade, sem é claro esquecer a elegância.

Cuidado com o excesso de suor, o mau hálito, o odor das axilas e outros cheiros desagradáveis, como o produzido por alguns tipos de tinturas de cabelo.

Nas danças de salão a proximidade dos corpos é um fator constante e seu parceiro certamente notará esses detalhes.

Bolsas, sacolas, pochetes, chapéus e outros acessórios pendentes atrapalham. Procure deixá-los na mesa, na chapelaria ou em outro local adequado.

As drogas e a bebida em excesso são muito mal recebidas neste ambiente. Esteja lúcido e sóbrio para se lembrar com detalhes de uma noite maravilhosa.

Para dançar bem, com equilíbrio, agilidade e fluência nos movimentos, precisamos estar com nossas faculdades mentais bem apuradas.

É sempre bom lembrar que você é o maior responsável pelo seu Conceito. CUIDE-SE E DIVIRTA-SE.

Fonte: http://www.dancamania.weblogger.terra.com.br/index.htm
www.conexaodanca.art.br

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Etiqueta na dança de salão - II

Etiqueta no Salão
Você quer fazer sucesso e se divertir nos salões de baile? Então, além de cuidar da qualidade da sua dança, não se esqueça de regras básicas que vão tornar o convívio com seu par e colegas de pista muito mais prazeroso.

Nunca se esqueça de rodar o salão, e sempre no sentido anti-horário. Este cuidado torna sua dança mais bonita e permite que todos se desloquem e evoluam. Se você prefere namorar quando dança, tudo bem, mas utilize o centro do salão onde se pode dançar lentamente e sem deslocamento.

Os casais à sua frente não rodam a pista? É, eles estão errados, mas não queira abrir a pista a cotoveladas. Se você quer ser considerado um bom dançarino, respeite os outros casais e use sua criatividade para sair do "trânsito" dançando, e não lutando.

Salão lotado náo é local para fazer malabarismos. Se quiser dar um show - e não há nada de mal nisto - solicite uma apresentação no palco. Evite passos onde os pés subam muito alto, onde o cavalheiro e dama se afastem muito, ou exijam grande deslocamento. Mostre classe e criatividade na dança sem "agredir" outros casais.

Pista não é lugar para conversar, beber ou fumar. Além de atrapalhar, pode ser perigoso.

Pergunta básica: Posso dar tábua? Em aula, nunca!! No baile, você precisa ter um ótimo motivo. Mesmo assim sugerimos que você dance pelo menos uma música e depois dê uma desculpa delicada. Não é melhor assim?

Você tem o costume de aplaudir a orquestra no fim de uma seleção? Será que eles não gostariam de sentir seu trabalho reconhecido? Afinal, eles estão lhe proporcionando diversão e prazer.

Para tirar uma dama, sempre aproxime-se dela. As damas não devem responder a acenos distantes dos cavalheiros. E, após a dança, não se esqueça de levá-la de volta à mesa e agradecer pela dança. E para quem ainda tem dúvida, não há nada de errado em uma dama convidar um cavalheiro para dançar.

Baile é baile, aula é aula. Baile é momento de prazer e diversão. Solte-se, sinta a música, improvise e...erre. Faz parte! Damas, por favor, não reclamem ou fiquem lembrando dos passos que ainda faltam ser feitos. Divirtam-se e lembrem-se: a verdadeira dama é aquela que sabe errar e disfarçar o erro de seu cavalheiro.

Fonte: Revista Dança & Cia - Edição 14 - Ano III - número 02

terça-feira, 6 de maio de 2008

Dança de Salão - Curiosidades

A pesquisadora de história das danças de salão no Brasil, recentemente falecida, Maria Amália Corrêa Giffoni, num trabalho publicado em 1971, comenta sobre as regras de comportamento que dominavam os bailes das primeiras décadas deste século, baseada em várias entrevistas feitas com pessoas que os freqüentavam regularmente. Muitos dos pontos mencionados acima foram relatados pelos entrevistados, além de outros aspectos interessantes e curiosos:

1) O cavalheiro, ao convidar a dama para dançar, tirava um lenço do bolso e o usava durante a dança, entre sua mão esquerda e a direita da parceira ou quando a sua mão direita tocava as costas da dama;

2) No início do século, homens e mulheres costumavam posicionar-se em lados opostos do salão até que a música fosse começar e eles se aproximassem delas para tirá-las;

3) Não se fumava nos salões de baile;

4) O carnet (nome usado em São Paulo para uma espécie de quadro de avisos, geralmente luminoso) indicava se eram os cavalheiros ou as damas que deveriam tirar seus parceiros para a próxima dança e não se podia recusar;

5) Moças muito jovens não dançavam a valsa, que só era dançada por mulheres casadas e moças de mais idade, por ser uma dança considerada ousada, propiciando maior proximidade entre os parceiros.

Entretanto, evitar batidas entre os casais, manter a ronda, caprichar na postura e abster-se de realizar passos perigosos para os pares vizinhos foram ítens repetidos pela maioria dos entrevistados e que continuam atuais.
Como vemos, certo tipo de comportamento não depende da época, mas do bom senso.

Fonte: Jussara Vieira Gomes - Historiadora e Antropóloga; Dançarina e Pesquisadora de Dança de Salão

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Etiqueta na dança de salão - I

Já lá vão sessenta anos desde que Victor Silvester publicou o seu livro sobre danças de salão em 1947. Victor ganhou em 1922 o primeiro campeonato profissional do mundo de danças de salão. São interessantes mas simultaneamente estranhas ao mundo de hoje as considerações que ele faz sobre o formalismo e a etiqueta das danças de salão. Para alguns de nós umas aulas sobre bem-estar e como se comportar socialmente não faziam nada mal:

É o privilégio do homem convidar a senhora para dançar. Deverá convidar educadamente, utilizando expressões como “Gostaria de dançar?” ou simplesmente “Vamos dançar?” A senhora deve aceitar com agrado a não ser que haja uma razão forte para o não fazer. Poderá ter visto que ele se comporta mal no salão ou que bebeu demais. Neste caso poderá dizer que “não, obrigada”. Contudo, normalmente, aceitará, e se mais tarde descobrir que o parceiro não é um bom dançarino, ela terá que suportá-lo animadamente e fazer o possível para o seguir. Se uma senhora recusar uma dança porque quer descansar por uns minutos, não deve aceitar dançar com outro parceiro até que essa dança em particular chegue ao fim.

Victor Sivester, Modern Ballroom Dancing (Ebury Press 2005, p.48)
Traduzido e adaptado por De Campos

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Maria Antonietta - A grande dama da dança de salão


O prazer da dança de salão

Maria Antonietta marcou a história do samba de gafieira no Rio de Janeiro e expandiu sua arte para o resto do país.

Maria Antonietta Guaycurus de Souza, ou apenas Maria Antonietta, como é conhecida, nasceu no Amazonas em 1927 e mora no Rio de Janeiro desde os 13 anos.
Aos 10 anos tocava piano, e aos 12 começou com violino. Iniciou sua carreira tocando na Rádio Clube do Brasil.Conheceu o professor de dança Vasco Barros de Moraes que lhe ensinou a técnica da dança de salão. Foi convidada, então, por ele a dar aula de dança em sua academia, na Academia Vasco Moraes, em uma época que mulheres envolvidas com dança não eram bem vistas pela sociedade.

Dedica-se à dança há pelo menos 58 anos. Por conta disso, Maria Antonietta é considerada a grande dama da dança de salão, pois foi ela quem levou a dança do tipo gafieira para o Rio de Janeiro. Hoje é detentora de inúmeros diplomas, certificados, troféus e medalhas, entre eles a Medalha de Honra ao Mérito, concedida pelo Conselho Brasileiro de Dança.

Em 1970, após o fechamento da Academia Vasco Moraes, Antonietta começou a dar aulas particulares na gafieira Elite, e depois na tradicional gafieira Estudantina, que leva seu nome no salão principal, e também em outras escolas incluindo São Paulo.

Na década de 60 a dança de salão atingiu seu auge e em seguida começou a despencar, principalmente ao atingir os anos 70 por conta da disseminação da discoteca. Entretanto, Maria Antonietta manteve-se forte no campo da dança de salão e obteve reconhecimento na mídia. Continuou ministrando suas aulas e manteve-se mais dançarina do que nunca, tornando-se uma referência histórica e cultural para o mundo da dança.

Foi com o surgimento da lambada no final da década de 1980, que a dança de salão ganhou novo fôlego ganhando também novos mestres de dança como Jaime Arôxa e Carlinhos de Jesus, entre outros, que passaram pelas mãos de Antonietta.

Fonte: Giose Cavinato

Samba de Gafieira

A partir de meados da década de 1940 e ao longo da década de 1950, o samba sofreu nova influência de ritmos latinos e americanos: surgiu o SAMBA DE GAFIEIRA, mais propriamente uma forma de tocar, geralmente instrumental, influenciada pelas orquestras americanas,( adequada para danças aos pares praticadas em salões públicos, gafieiras e cabarés) do que um novo gênero.

Gafieira - Local onde tradicionalmente dançam-se as danças de casal (danças de salão). A Gafieira mais tradicional no Rio de Janeiro é a Estudantina, muito famosa por ter sido o berço dessa cultura, além de ter recebido milhares de dançarinos.

Muito tradicional no Rio de Janeiro, a gafieira (show) é uma das misturas que saiu do samba, porém diferentemente dessa manifestação popular, a gafieira tem um código de ética, onde predomina a elegância e o respeito. A coreografia da gafieira (show) é baseada na dança de salão, porém um pouco menos regrada, já que possui o molejo e a malandragem do samba do início do século passado (samba de gafieira). Hoje em shows folclóricos brasileiros este quadro (gafieira) é indispensável, pois ele retrata a boemia e magia do Rio Antigo.
Fonte: Airton Araújo