sábado, 29 de março de 2008

Dançar também é um esporte

A dança de salão não tem idade para ser praticada e vem ganhando cada vez mais espaço entre o público jovem.
Sem contra-indicações, é uma atividade física e tanto para quem quer manter a forma e gastar várias calorias de uma vez só, pois 40 minutos de exercício queimam, em média, 600 calorias.
Os benefícios da dança de salão, como uma atividade física, são bem conhecidos:

. Flexibilidade. . Melhora do condicionamento aeróbio.
. Aprimoramento da coordenação motora.

. Perda de peso.
. Desenvolve a musculatura corporal de forma integrada e natural.

. Aperfeiçoa a noção de ritmo e percepção espacial.

. Promove a melhora de algumas doenças.

. Permite uma melhora na auto-estima e quebra de diversos bloqueios psicológicos, como a timidez, a depressão, entre outros.

. Possibilita convívio e aumento do rol de relações sociais.

. Torna-se uma excelente opção de lazer.

Além de todos esses benefícios, a prática da dança ainda ajuda na prevenção de doenças articulares como artroses e artrites, isso sem contar problemas circulatórios.
Como em qualquer atividade física os movimentos ativam a circulação sanguínea, principalmente das pernas, além de proporcionar uma melhora em problemas de postura.

Mais do que trabalhar o corpo, a dança de salão vai além.
Envolve corpo e mente, fazendo com que ambos atuem de forma terapêutica um sobre o outro.
O simples fato de mexer o corpo já é um exercício, ainda que de baixa ou alta intensidade e independente do ritmo, pois é sabido que todo exercício produz endorfina, serotonina e adrenalina, responsáveis pela sensação de bem estar, disposição e felicidade.

A dança é uma ótima forma de extravasar energia, descontrair e animar.
E não há forma melhor para interagir do que um par, como na dança de salão.
Tanto que o exercício já vem sendo recomendado até por psicólogos e psiquiatras como uma ótima maneira de ‘quebrar’ bloqueios psicológicos como a timidez, falta de auto-estima, depressão, entre outros, dando uma melhor qualidade de vida ao indivíduo.

Em geral, a maior procura pela modalidade vem de pessoas que se sentem sozinhas.
Esse é um dos grandes trunfos da dança de salão: ela afasta a solidão.
Aos poucos, o domínio da dança vai se tornando uma ferramenta de aproximação entre as pessoas, seja nas aulas, seja nos bailes.

Mas quem tem problemas sérios de coluna deve tomar certos cuidados, pois na dança de salão não só o aluno permanece muito tempo em postura assimétrica (2), como também nas mulheres, há ainda a exigência do uso do salto alto.
Para evitar problemas posteriores, pratique outros exercícios que compensem o esforço na região e deixe seu instrutor a par de seu problema.
Agora é só sair dançando! Tá esperando o quê? São 600 calorias!!!

Sônia Leffa - Jornalista (MTB 11.424)
Site Médico

sexta-feira, 28 de março de 2008

Bolero

Alguns dizem que ele nasceu na Inglaterra, passando pela França e Espanha com nomes variados (dança e contradança). O certo é que trata-se de uma dança de origem espanhola. Consta que seu nome deriva da palavra espanhola volero (de volar = voar) ou das bolinhas que eram usadas presas nos vestidos das dançarinas ciganas, que pareciam voar enquanto dançavam. Já no século X, existia uma dança chamada bolero de algodre, de origem árabe, que era dançado em grupos de três pessoas - um rapaz e duas moças. Entretanto, parece não ter sido ele que deu origem ao bolero que nos interessa aqui. Este surgiu no final do século XVIII. Há autores que apontam o bailarino espanhol Sebastian Cerezo como seu criador, em 1780, inspirado numa dança típica dos ciganos, fez uma variação baseada nas Seguidillas, bailados de ciganas andaluzes, cujos vestidos eram ornados com pequenas bolas (as boleras).
Outros dizem que veio do fandango, uma outra dança espanhola de origem árabe, muito popular, desde o século XVII e que também andou fazendo sucesso em terras brasileiras, nos séculos XVIII e XIX. O fandango, menos suave que o bolero, ainda é dançado em versão bem modificada em estados do sul do Brasil. O bolero, a princípio, era executado com acompanhamento de castanholas, violão e pandeiro, tal qual o fandango, enquanto o casal dançava sem se tocar, com sensuais movimentos de aproximação e afastamento. No século XVIII foi executado pelos melhores bailarinos e foi a dança preferida das damas da corte. Trazido pelos espanhóis para suas colônias na América, ele foi se modificando pelas influências locais e recebendo contribuições, em especial, de ritmos vindos da África. Podemos concluir, então, que se trata de uma adaptação da clássica balada às raízes afro-espanholas. Sempre foi mantido, no entanto, seu caráter de dança de galanteio, suave, terna e romântica. Desenvolveu-se, principalmente, em Cuba e outros países da América Central, México, República Dominicana, Porto Rico. Curiosamente, só no Brasil, ele é dançado da forma que o conhecemos nos dias de hoje, com figurações muito diversificadas. Na maioria dos países latino-americanos, dança-se o bolero de forma simples e lenta, sem muitas variações. É aquele bolero dançado "dois p'ra lá, dois p'ra cá...", como na letra da famosa música de João Bosco. Se perguntarmos a um cubano, a um costarriquenho ou a um argentino, por exemplo, a resposta será sempre a mesma, isto é, explicam que dançam o bolero dessa maneira porque ele serve para namorar, pois visa o romance.E era assim também, aqui no Brasil, até pouco tempo atrás. Nos bailes atuais, os dançarinos fazem grande número de figuras ao dançar o bolero, muitas delas adaptadas de outros ritmos que costumam dançar do mesmo jeito, ou seja, com figuras de bolero, não só os boleros propriamente ditos, mas também outros ritmos suaves e românticos. Costuma-se generalizar: se é ritmo lento, dança-se como se fosse um bolero. É uma característica bem brasileira, esta de buscar fazer uma simbiose e simplificar. É uma faceta da criatividade dos nossos dançarinos e professores de dança de salão.

sábado, 22 de março de 2008

Danço...

Danço...
Não apenas por dançar;
Mas por sentir em cada partícula de meu corpo;
As notas de uma música que nunca para;
Uma música que surge dentro de mim
Cada vez que penso em dança;
Meu corpo ganha uma vida exuberante;
Um brilho que nenhum ser humano tem;
Minhas mãos falam várias línguas;
Que todos conseguem entender;
Meus pés ganham vida como se dançassem sós;
Meu corpo grita;
Todas as palavras do meu espírito;
Como se eu nunca tivesse falado;
Isso é dançar;
Isso é viver a dança;
E senti-la cada vez mais;
Isso é apenas dançar.

(Mayra Santos)

Viola de Bolso....


A dança? Não é movimento, súbito gesto musical
É concentração, num momento, da humana graça natural.
No solo não, no éter pairamos, nele amaríamos ficar.
A dança - não vento nos ramos: seiva, força, perene estar.
Um estar entre céu e chão, novo domínio conquistado, onde busque nossa paixão libertar-se por todo lado...
Onde a alma possa descrever suas mais divinas parábolas sem fugir à forma do ser, por sobre o mistério das fábulas.


Viola de bolso(1950-1967)Carlos Drummond de Andrade

Dança de salão


A dança de salão tem origem nos bailes da nobreza européia, especialmente a valsa, dançada em casais, o que era um avanço comportamental em sua época.
A forma de dança em casal como mero entretenimento e realizada em ambiente fechado (salões) foi levada pelos colonizadores para as diversas regiões das Américas onde deu origem às muitas variedades à medida que se mesclava às formas populares locais: tango na Argentina, maxixe, que deu origem ao samba de gafieira, no Brasil, habanera, que deu origem a diversos ritmos cubanos, como salsa, bolero, rumba etc, e até mesmo o swing americano, que ainda hoje é preservado na sua forma original por grupos de dançarinos nos Estados Unidos e Europa. O Swing iniciou com o "Lindy Hop", que mais tarde se desdobrou como "West Coast Swing" e "East Coast Swing". Existe uma versão brasileira mais assemelhada ao "East Coast Swing" denominada Soltinho.
A dança de salão pode ser vista como uma fonte de preservação de características culturais populares, pelo que, fica o alerta para que não se a menospreze como mero entretenimento, apesar de poder sê-lo e de alta qualidade. Tem-se cristalizado no Brasil a diferenciação entre dança de salão e dança de competição, o ballroom, muito em voga na Europa mas pouco conhecido no Brasil.
As danças de salão de competição ballroom são 10, cinco clássicas e 5 latinas:
No Brasil, sete ritmos são os mais praticados, tanto nos bailes quanto nas escolas especializadas, sendo eles: Bolero, Soltinho, Samba, Forró, Lambada/Zouk, Salsa e Tango.

-------------- Retirado do Site Wikipedia
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